Um pouco mais de mim...

Eu gosto do impossível, tenho medo do provável, dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade, mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.
Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina. Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso, e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico e confio, pois amigos de verdade a gente conta nos dedos...

Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas que eu nunca pensei que iriam me decepcionar, mas também já decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger, já dei risada quando não podia, fiz amigos eternos, e amigos que eu nunca mais vi.
Não passo pela vida!!!

Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe
e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é "muito" para ser insignificante...

A VIDA ENSINA

Com o tempo a gente aprende que não há desperdício algum na vida e que os maiores equívocos, somos nós que cometemos…

Não é fácil ser inteira diante de circunstâncias adversas, eu sei… Mas algumas vezes reciclar as decepções para transformá-las em algo útil, é um esforço necessário, embora exija do meu espírito uma dose certa de coragem. Coragem para tocar o inacessível e resgatar da gaveta destinada ao esquecimento fragmentos de vida e retalhos de uma história, que às vezes, não merecem lembrança. Por isso mesmo, em alguns momentos, a coragem se desfaz – ou por impulso, ou por fraqueza – e aquela indesejável incerteza se aproveita desses instantes para embaçar, sem cerimônia alguma, a visão do meu conceito de entendimento, e ofuscar a real beleza da vida. Por sorte, depois de muito circular entre um vazio e outro, aprendi que reciclar decepções e transformar os sentimentos é bom; que tocar a vida para sentir a sua textura, produz em minha alma um encantamento sutil diante das verdadeiras possibilidades; um encantamento que confere a minha existência efêmera um pouco mais de sabedoria. Sabedoria para não ser mais surpreendida, quando algo é oferecido como um estranho ato de generosidade.

A vida ensina a reciclar e a gente aprende a separar o bom e o ruim das emoções vivenciadas. Aprende que desfazer os nós e escapar das armadilhas impostas pelos nossos sentimentos ocultos requer destreza e esforço, porque no fundo, bem no fundo, não há como fugir dos desejos e de tudo àquilo que existe em si… E os sentimentos existem! E querem ser tocados; vivenciados com intensidade; transformados em realidade; abraçados com verdade; reconhecidos como o essencial da existência humana. Há quem confunda e acredite que tocar e manipular são verbos que dividem o mesmo significado… Com a alma aliviada eu respiro por não ter a destreza necessária para aprender com a vida a façanha de manipular os sentimentos!  Tenho por eles um inestimável apreço; vivo por eles sem medo ou vergonha; sinto-os percorrendo suave o caminho das minhas veias. Por isso mesmo, peço à Deus, com humildade e respeito, que não me ofereça essa estranha habilidade.

Hoje, depois de tanto insistir, tento não me guiar pelas águas turvas do medo, porque faço da vida morada dos meus sonhos e transformo os meus desejos mais íntimos em possibilidades infinitas. Entrego-me a fluidez dos instantes e deixo o tempo transcorrer a seu critério, mesmo desejando, algumas vezes, que ele passe bem depressa e satisfaça a minha ansiedade de descobrir antes dele, as respostas para as minhas tantas perguntas.

Porque a vida ensina o valor de cada coisa, e com o tempo a gente aprende… Aprende a sentir com suavidade e delicadeza o seu encanto; aprende a não desperdiçar nenhum instante de ternura e abraçar com coragem, tudo aquilo que ela derrama sobre a nossa existência, como um ato de amor e generosidade.

OLHANDO ATRAVÉS DO TEMPO

Hoje, ao contrário de ontem, quando olho através do tempo, compreendo tudo de outro jeito. Acho que eu cresci e deixei a inocência perdida no fundo da gaveta. Ou talvez a vida, usando as suas armadilhas engenhosas, tenha conseguido me transformar. Porque é assim que a vida faz: Transforma essências suaves em ventania, só para moldar o nosso entendimento. Para forçar uma compreensão, quase incontestável, de que algumas coisas são intocáveis e constantes. Outras, complexas e incorrigíveis. Outras tantas – a maioria delas – desnecessárias.  E, algumas vezes, fica difícil mudar a rota quando ela é determinada por aquilo que conhecemos como destino. Mas ainda assim mudamos. Inevitavelmente, nós mudamos! Sobretudo, quando compreendemos que o amanhã é sempre o outro dia que vem, logo após o tempo presente. E ingênuo é aquele que acredita – e confia – nessa imutabilidade, esquecendo que o que traduz a vida é o conceito de que tudo é passageiro.

Pois é… Quando aprendemos sobre o valor das transformações, é que desenvolvemos a habilidade de mudar os versos, para escrevermos um novo trecho da nossa história. Quando abrimos a janela, que descobrimos que a vida oferece em cada amanhecer, uma nova oportunidade de ser. E o baú da memória? É o lugar onde guardamos os nossos incontáveis recomeços…  

Foi assim que eu entendi que o meu peso diante da vida está naquilo que eu carrego dentro do meu peito: O maior amor do mundo! E o que dimensiona a minha essência é como eu lido com ele. De que adianta o conteúdo sem a agilidade necessária para transformar tudo mais em alegria? Para entender o amor em mim, basta olhar para dentro do meu sorriso.

Agora, voltando ao início; ao tempo dos avessos dentro das minhas gavetas, vejo que a vida me moldou e mudou a direção das minhas certezas. Mas, ainda assim, apesar da insistência, ela não conseguiu transformar a minha essência. Não do jeito que pretendia… Porque contrariando as circunstâncias todas, eu continuo sorrindo. E sorrio por que a minha felicidade é independente.

Personalidade

Quase tudo que eu fiz até hoje na minha vida foi de "verdade". Quando eu quis realizar algo realmente me dediquei. Quando amei foi com todo o meu coração. Quando sofri realmente fiquei mal...
Tenho horror a falsidade, e se nos principais momentos da minha vida eu tivesse agido de maneira incoerente, com certeza hoje eu estaria muito arrependida.
Para mim as pessoas podem dizer o que quiserem, mas eu não dou um passo se eu não tiver com a minha consciência tranquila de que estou fazendo porque eu quero, e não porque os outros querem! (Das poucas vezes que agi de forma diferente só me arrependi, portanto, aprendi a lição!)
Na prática, algumas pessoas podem pensar que sou chata, certinha ou qualquer outra coisa do tipo, mas se agir de acordo com os meus princípios é ser "chata" ou "certinha", então eu prefiro ser assim! Tenho o meu orgulho, reconheço o meu valor. Não vou passar por cima dos meus limites só para agradar algumas pessoas. Quem gostar de mim tem que ser do jeito que eu sou.
Eu posso às vezes dar uma de durona, mas o meu coração é mole. Sou o tipo de pessoa que olha nos olhos. Que presta atenção nos detalhes. Que reconhece uma gentileza. Que valoriza pessoas sinceras e inteligentes. Que gosta de músicas que possuem letra. Que admira pessoas que se respeitam. Que se encanta com um belo sorriso. Que acha que amor à moda antiga nunca sairá de moda... Sou o tipo de pessoa que se compara com um livro, não dá para me conhecer apenas olhando a capa, é preciso folhear página por página, com calma, sem pressa.